Artigo de Opinião
A discriminação racial tem sua origem mais voltada pela aparência e cor da pele do que propriamente pela etnia.
Visto que vivemos em um país de miscigenação racial,não faz sentido ainda nos depararmos com uma educação familiar onde imperam os resíduos de uma cultura de nossos antepassados.
A cultura negra está inserida em nosso vocabulário,na dança (no samba que é a marca da alegria de nosso povo),no artesanato e em nosso dia a dia.
Desde que o Ministro da Cultura gerou vagas em universidades para negros para compensar o desnível social e a falta de oportunidade de estudos e empregos,muitos que se consideravam morenos ou pardos se declararam negros porque aprenderam que negro é raça e não cor.
Embora as leis do país tenham sido rígidas quanto à punição aos atos discriminatórios, é preciso repensar nossa educação familiar que valoriza a cor da pele, a textura dos cabelos e a cor dos olhos.
O preconceito ainda está aí, a olhos vistos.
A segregação ,muitas vezes camuflada,infelizmente ainda é uma realidade entre nós.
Buscar novos métodos de educação na escola,na família,nos grupos sociais,talvez minimizem os desvios de conduta futuros de nossos jovens “brancos”(?) que se consideram pertencentes a uma raça superior.
É preciso extirpar esse pensamento nefasto que corrompe o amor ,a paz entre os homens,é preciso ensinar à criança de hoje que somos todos irmãos,e mais que isso,é preciso ser exemplo de vida.
È preciso,não só neste dia em que comemoramos o dia da consciência negra,mas em todos os dias de nossa vida, repensar nossos atos,nossas palavras,nossas condutas e reconhecer que “o essencial é invisível para os olhos”(Saint Exupéry).
Muitos ,no decorrer da história ,lutaram por libertação e venceram,então agora,cabe a nós lutar e acreditar que o sonho de nossos heróis não foi em vão.
Ainda nos resta sonhar e acreditar em um mundo onde a paz seja nossa bandeira e que a verdadeira liberdade é fruto de um coração aberto para o exercício da fraternidade!!
Regina xavier
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