domingo, 8 de novembro de 2009

ARTIGO DE OPINIÃO


Dificil entender por que, em nosso país,os valores monetários falam mais alto que a ética.
A noticia de que a prova do ENEM foi cancelada causou grande impacto em todos os setores da educação.
Cursinhos reformularam suas apostilas.escolas e educadores se voltaram inteiramente a atividades preparatórias,simulados,alunos intensificaram ritmos de estudos,abriram mão de outras atividades educacionais,sociais,esportivas para se dedicarem exclusivamente aos estudos para preparação para o ENEM cuja data já estava definida.
Na opinião de muitos estudantes,segundo a mídia,o cancelamento prejudicou aqueles que se dedicaram o semestre anterior aos estudos e passariam,após o ENEM a se dedicarem a leitura dos livros para os vestibulares e matérias relatvas aos respectivos cursos pretendidos.Por outro lado,muitos também gostaram do cancelamento porque consideram que terão mais tempo para se preparar.
Como educadora,não tenho conhecimento de como agem os responsáveis para manter o sigilo pela elaboração e confecção final das provas,mas penso que,sendo uma prova que viabiliza o futuro educacional de nossos jovens,não seria correto manter nas gráficas um sistema de filmagens desde o momento da entrega ate o recebimento do produto final?Não seria possível ter funcionários do governo ali,o tempo todo,para garantir que não seriam confeccionadas copias alem do necessario?A comissão de elaboração das questôes não poderiam assinar um documento de responsabilidade criminal caso a prova vazasse?O que deu errado afinal?Serão infundadas tais suspeitas?Seria apenas um trote feito ao jornal ao oferecerem as duas provas?O jornal teve acesso a essas provas?Ou poderia ser so uma tentativa de cancelamento por parte de pessoas interessadas no fracasso desse novo modelo de projeto social que da garantia de estudos aos menos favorecidos?
Teremos que esperar para que todas essas perguntas sejam respondida.Enquanto isso,intensificar ainda mais o ritmo de estudos e torcer para que o ENEM seja um sucesso,porque nesse novo molde,propiciou facilidadde de acesso a universidade aos estudantes e é uma tentativa de unificação do ensino em nosso país..
Precisamos ter fé e esperança de que ,algum dia,os valores eticos prevaleçam em nosso regime democrático,por isso defendo a ideia de que jamais deveria ter sido abolida a matéria Educação Moral e Cívica de nossos currículos.
Embora tenha sido instituída pela ditadura,aprendíamos moral e civismo na escola,aprendíamos a respeitar os idosos,a amar nossa pátria,a preservar a natureza,a respeitar as leis de trânsito e a cumprir com caráter e honestidade nossos deveres sociais.Conhecíamos todos os hinos,armas nacionais e até os nomes dos dirigentes do país..Hoje,infelizmente,não sabemso sequer os nomes dos candidatos em que votamos na última eleiçao,nem a qual partido pertencem (ou pertenciam na época das eleições) e nem sua ideologia.Desconhecemos os projetos sociais e aqueles que os acataram,ou votaram contra.Assinamos no momento do voto uma procuração para que parlamentares falem em nosso nome e legislem por nós e nem sequer tomamos conhecimento de suas ações.
O maior problema do Brasil é de ética,de falta de valores éticos,da ambição desmedida,da busca e dinheiro fácil.
È na educaçao que deposito minhas esperanças de um futuro melhor para nossos descendentes.Educação cujas bases ainda são a família,escola e religião.E essa educação so será possível quando ainda mantivermso a capacidade de ficarmos perplexos com situações semelhantes a essa do vazamento da prova e não considerarmos que foi bom por ser proveitoso no sentido de termos mais tempo para nos prepararmos.Nada a exaltar ou festejar nesse ato criminoso!!

Regina xavier

Geyse,a jovem hostilizada por universitários da Uniban.....Artigo de opinião


Moro em uma cidade do interior de |Minas Gerais,com altitude de 612 metros..cidade fria,longe de praias e com apenas dois clubes com piscinas.
Aqui não é comum vermos garotas de roupas muito curtas ou shortinhos mínimos justamente por ser uma cidadezinha interiorana de clima frio.
Porém, ao ler a reportagem da moça que foi agredida verbalmente na faculdade de São Paulo fiquei indignada.Mais indignada ainda fiquei com a postura da faculdade de expulsar a moça.
Em minha opinião,como educadora, se a roupa da garota estava causando transtornos e se,previamente já existisse no regimento interno da faculdade algum item que proibisse roupas curtas,a moça deveria ter sido então,primeiramente , advertida pela entidade educacional e somente após reincidência ser punida..
Agindo assim, a faculdade deu aos estudantes o direito de fazer justiça com as próprias mãos porque , na realidade, se a conduta da jovem causasse constrangimento a outrem,a atitude correta seria os estudantes se dirigirem à direção da escola e saber se a moça poderia freqüentar a faculdade com uma roupa que os alunos consideravam um atentado à moral. Então,em caso afirmativo,a própria direção se dirigiria à aluna e a advertiria.
Se na visão dos alunos ela estava errada,mais errada ainda foi a atitude de agressão verbal,constrangimento e incitação à violência.
Ouvi dizer, extraoficialmente ,que a jovem agredida, antes deste fato,demonstrava desvio de conduta dentro da instituição (fato publicado na mídia).Mas,por que,em momento algum ela foi suspensa com advertência escrita e registrada? Será que isso é verdade já que supostamente não existem registros anteriores?
Sou a favor da moral e dos bons costumes,mas antes de mais nada sou a favor da reeducação, dos registros formais de advertências,da reinclusão social através de diálogos entre pedagogos e alunos e não somente da punição severa e sem direito a defesa,pois,segundo entrevista concedida à mídia, Geyse não foi notificada da decisão da expulsão( e ela só tem 20 anos...).
Será que se Geyse fosse ao invés de ser chamada de "puta" fosse chamada de "gostosa" alguma atitude seria tomada?
Existem coisas muito mais escandalosas em nosso país em que os jovens ficam alienados sem sequer se manifestarem.
Coloquem então no regimento a proibição dos decotes,das cantadas,dos beijos, de andar de mãos dadas..afinal...a censura não está de volta??
Uma dica aos administradores da faculdade: contratem um porteiro com uma fita métrica na mão e quando o comprimento das saias não forem adequados ,nem deixem as alunas entrarem,assim,evitarão novos transtornos!!
Ah,camelòs de plantão:que tal alugarem jalecos nas portas das faculdades agora? A UNIBAN deu uma nova oportunidade para a economia informal...
Sendo assim,manifesto aqui meu repúdio pelo ato desumano de jovens universitários em pleno século XXI de um país democrático e aos administradores da Faculdade por tamanha discriminação e autoritarismo!!
Sou contra a violência seja de qual natureza for,assim como sou contra a discriminação contra a mulher ou a agressão verbal a qualquer ser humano( que proíbam então os jovens rapazes universitários de andarem sem camisa)!!Assim assumimos de vez o falso moralismo existente na sociedade contemporânea.

DUETO