sexta-feira, 6 de junho de 2014

MANCHETE DE JORNAL
Manchete de jornal

Nem é preciso dizer
O que lemos nos jornais
Sempre ali sobre a mesa
Do fim dos tempos, os sinais.

Após o café da manha
Manchetes com toda certeza
De tragédias publicadas,
Só reflexos de tristezas.

O fruto da violência,
Sangue e desolação,
falta de ética e catástrofes,
Tragédias e corrupção.

Será que a vida é só isso?
Que não existe remédio?
Por que permitir que a existência
Se transforme em lágrimas e tédio?

E nós ali... frente a frente,
Perplexos em  cada momento
Nem percebemos que o dia está lindo
Que o céu está azul no firmamento.

Se  logo após o bom dia
Comentamos os dissabores
Das manchetes de cada dia,
Da inversão de valores.

E,sem querer os fatos de candura,
Guardados nos cofres de nossa memória,
Não fazem mais parte de nossos diálogos
Saem aos poucos de nossa história.

E o novo dia termina
Como se tudo estivesse normal
Até a manhâ seguinte,
Ao ver a “vida” novamente estampada
nas manchetes do jornal.

Regina Xavier

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